A partir da revolução industrial, no século XVIII, na Inglaterra, houve um salto tecnológico com a mecanização dos sistemas de produção. O número de trabalhadores com lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) aumentou de forma impactante. Os novos processos de produção impostos nessa época e a era digital estimularam a inatividade do colaborador com rotinas sedentárias e repetição de movimentos varias vezes ao dia .Dessa maneira, o trabalho que antes era manual, se tornou sedentário.
O sedentarismo ocupacional é causa de doenças relacionadas ao trabalho pois, por diminuir consideravelmente o movimento humano, inevitavelmente cria-se um ambiente de encurtamento e atrofia muscular, estresse mental, e com grande potencial de ocasionar distúrbios metabólicos como hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, arteriosclerose, osteoporose, entre outras.
O grande desafio dos empresários é diminuir o impacto dessa realidade. Mas a pergunta é: O QUE FAZER?
Neste ano, foi publicado um estudo de revisão na Revista Brasileira de Enfermagem que auxilia na resposta desse problema. A revisão conta com 25 artigos publicados em todo o mundo.
Evidenciou-se, em um estudo realizado na Alemanha, que a promoção do exercício no contexto da promoção da saúde ocupacional teve efeito positivo na qualidade de vida e capacidade para o trabalho dos funcionários e, portanto, é um benefício tanto para o indivíduo quanto para a empresa.
A atividade física obteve resultados positivos e impactantes na vida de colaboradores, proporcionando aumento dos recursos mentais e maior resistência física no trabalho. Pesquisas mostraram também que exercícios posturais, caminhadas e yoga são alternativas eficientes. Ademais, o Hatha Yoga foi apontado em estudo realizado na Austrália como meio de melhorar a flexibilidade, ansiedade e desenvolvimento musculoesquelético do trabalhador.
Introduzir programas voltados para a perda de peso com o objetivo de melhorar a saúde é também uma valiosa opção por combater diretamente o sedentarismo e melhorar a auto estima. Esses programas têm orientações de professores de educação física e nutricionistas, ou seja, equipes multidisciplinares.
CONCLUSÃO
Frente a esses estudos, elucida-se que programas de promoção da saúde no local de trabalho, por meio de ginásticas laborais, visam melhorar estilo de vida , a saúde, capacidade para o trabalho e produtividade no trabalho. Os hábitos saudáveis adquiridos mediante informações corretas no ambiente laboral farão com que os trabalhadores se sintam mais dispostos, sadios e identifiquem a preocupação por parte da empresa em relação ao seu bem-estar.
Referências:
Revista brasileira de medicina: REVISÃO Qualidade de vida no trabalho: avaliação de estudos de intervenção (2017)
Livro: “Ginástica Laboral : princípios e aplicações práticas . autor Ricardo Alves Mendes e Neiva Leite”